Parece filme, mas é jogo

Hoje eu não sei se vou falar de um jogo ou de um filme interativo. Acho que empata.
Confesso que o motivo para ter comprado esse jogo foi o fato de ter Ellen Page e Willem Dafoe como protagonistas, entre outros atores incríveis, atores de verdade. Mas... atores? Em um jogo? Sim, graças a tecnologia de captura de movimentos. Clique aqui, esse vídeo vai lhe explicar direitinho.


O foco do jogo é sobre o que acontece depois da morte, mas isso você só nota lá pro final. Ao longo da história, o jogador controla a personagem Jodie Holmes (Ellen Page), e a acompanha dos 8 aos 23 anos, com a finalidade de descobrir o significado de Aiden, uma entidade sobrenatural que acompanha Jodie desde que ela nasceu.
Basicamente, Jodie carrega duas almas, a dela mesma e a de Aiden, porém a de Aiden pode ser projetada para fora, fazer coisas moverem, importunar pessoas, atravessar paredes entre outras coisas.
Mas não é só isso, não é só o Aiden, a Jodie tem um passe-livre para o mundo dos mortos/fantasmas. Assim ela tem uma infância conturbada onde frequentemente, durante o sono, era atacada por "monstros" (o que conhecemos como bicho-papão).

Nathan Dawkins (Willem Dafoe): um cientista do governo que trabalha com Jodie para analisar os seus poderes, e age como um pai substituto através do jogo.
Cole Freeman (Kadeem Hardison): agente governamental dos EUA, que investiga actividades paranormais. Trabalha com Nathan.

Ryan Clayton (Eric Winter): um gerente do governo interessado em Jodie e nas suas habilidades.
Stan (Alex Disdier): um morador de rua que salva Jodie.

Willem Dafoe entra na história como Nathan Darkins, um dos cientistas do DPA (Department of Paranormal Activities/Departamento de Atividade Paranormal) quem se compromete a estudar a ligação entre Jodie e Aiden. E como a situação era grave e arriscada, Jodie é obrigada a deixar seus pais adotivos para morar no laboratório DPA por tempo indeterminado.

O jogo não é recheado de cenas de ação ao meu gosto. Na verdade é 90% história, 10% ação, isto é, você passa mais tempo assistindo do que jogando. O jogo se resume em escolhas (ex.: o que responder em uma conversa, atirar ou não atirar, pular ou não pular, etc) e cenas quick time (ex.: onde você faz uma sequencia de movimentos para dar continuidade à cena, este se inclui em cenas de combate corpo a corpo). No entanto, você se envolve tanto com a história que a falta de interação do jogador com o personagem acaba passando por despercebido.

Enfim, é um jogo que vale a pena jogar/assistir sim, e muito! Eu me emocionei com muitas cenas, e ao final do jogo, claro, tive que chorar. Aliás, o jogo lhe dá a chance de ter 14 finais diferentes baseados em suas escolhas (eu salvei e voltei para tentar todos os finais, claro haha).

Se não tiverem a oportunidade de jogar Beyond: Two Souls eu recomendo que procurem por um gameplay. Aqui eu vou deixar alguns links: inglês, dublado, legendado (português de Portugal). Você vai sentir como se estivesse assistindo uma série comum, eu juro.

Um grande beijo e até mais!